A gestão dos rios e ribeiras no Município do Porto baseia-se em três eixos de intervenção: despoluir, desentubar e reabilitar, pretendendo, deste modo, estabelecer um compromisso entre o caráter fortemente urbano e os recursos hídricos da cidade. Para além da melhoria da qualidade da água, através da eliminação dos principais focos de poluição, a Águas e Energia do Porto, EM tem igualmente desenvolvido projetos de requalificação das ribeiras, em especial nos troços a céu aberto e naqueles que, encontrando-se entubados, podem ainda ser reconvertidos em áreas verdes com a aplicação de Nature Based Solutions (NBS).


São assim consideradas as três dimensões da sustentabilidade (ecológica, social e económica) com o intuito de valorizar as funções de proteção de recursos hídricos, controlo de cheias e prevenção de riscos ambientais, bem como promover a qualificação territorial e ambiental das zonas de intervenção em benefício da melhoria da qualidade de vida da população.


A reabilitação das massas de água imprime ainda uma nova expressividade ao território pela redescoberta de novos espaços, através da criação de percursos pedonais e/ou cicláveis contínuos ao longo do curso de água. Estes caminhos funcionam como estruturas delineadoras de rotas naturais e de ligação ao tecido urbano envolvente. Os rios e as ribeiras reabilitados passam, assim, a ser o conceito potenciador de novas artérias de mobilidade que favorecem a circulação do peão e do ciclista, facilmente integráveis nos seus quotidianos, contribuindo para a sustentabilidade da cidade e para a sua qualificação territorial, ao mesmo tempo que permite o acesso e usufruto pela população dos espaços verdes.


Importa ainda referir que, de acordo com a Lei n.º 58/2005 de 29 dezembro e o Decreto-Lei n.º 226-A/2007 de 31 de maio, todas as a tividades que tenham um impacto significativo no estado das águas só podem ser desenvolvidas ao abrigo de um título de utilização emitido nos termos e condições previstos na legislação. Esse título é atribuído pela Agência Portuguesa do Ambiente ou respetiva Administração de Região Hidrográfica (ARH) em função das caraterísticas e da dimensão da utilização, podendo ter a figura de "autorização", “licença” ou “concessão”. 



A ribeira de Aldoar é a maior linha de água da orla costeira e localiza-se na zona ocidental da cidade. Os seus afluentes nascem na freguesia de Aldoar e de Ramalde, desaguando junto ao Castelo do Queijo.

A ribeira dos Amores nasce na freguesia de Paranhos e segue em direção ao concelho da Maia. Esta ribeira é afluente do rio Leça.

A ribeira da Asprela, afluente do rio Leça, tem vários afluentes que nascem no concelho do Porto, na freguesia de Paranhos. Atravessa o polo universitário da Asprela, sendo também conhecida como ribeira da Manga.

A ribeira de Cartes é um afluente do Rio Tinto e localiza-se na sua maioria na freguesia de Campanhã. Esta linha de água apresenta apenas um troço a céu aberto junto da rua Amorim Carvalho.

A ribeira de Currais é um afluente do Rio Tinto e localiza-se nas freguesias de Campanhã e Paranhos no concelho do Porto e na freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar.

A ribeira da Ervilheira (ou ribeira de Gondarém) nasce perto da Rua Afonso Baldaia e desagua na praia de Gondarém.

A ribeira da Granja, conhecida por ribeira do Ouro, Nª Sra da Ajuda, Naus ou Lordelo, tem uma das maiores bacias hidrográficas do concelho. Com vários afluentes, está maioritariamente entubada e desagua no rio Douro.

A ribeira da Lomba, afluente da margem esquerda do Rio Tinto, nasce em Campanhã e desagua no Freixo. É maioritariamente entubada, mas possui troços a céu aberto junto da Estação de Comboios de Campanhã.

A ribeira de Nevogilde nasce na freguesia com o mesmo nome e desagua no Oceano Atlântico a sul da Estação de Zoologia Marítima Dr. Augusto Nobre na Foz. A linha de água resulta da junção de várias minas.

A ribeira de Massarelos abrange as antigas freguesias de Cedofeita e Massarelos e desagua no rio Douro junto à rua D. Pedro V. Esta linha de água encontra-se maioritariamente entubada.

A ribeira do Poço das Patas abrange a freguesia de Bonfim e desagua no rio Douro na avenida Gustavo Eiffel, entre as pontes de D. Maria Pia e do Infante. Esta linha de água encontra-se totalmente entubada.

O rio Frio nasce na freguesia de Cedofeita, percorrendo a freguesia com o mesmo nome bem como as antigas freguesias da Vitória, Miragaia e Massarelos. Esta linha de água encontra-se totalmente entubada.

Este rio atravessa zonas emblemáticas na cidade como a Avenidas dos Aliados ou a Estação de S. Bento, acabando por desaguar no Rio Douro, na Praça da Ribeira. Esta linha de água encontra-se totalmente entubada.

O rio Tinto, afluente da margem direita do rio Douro, nasce em Valongo e abrange a Maia, Gondomar e Porto. No Porto, tem como afluentes as ribeiras de Cartes, Currais, Vila Meã e Lomba.

O rio Torto, afluente da margem direita do rio Douro, nasce no concelho de Gondomar e desagua na freguesia de Campanhã, perto do palácio do Freixo.  A bacia hidrográfica na cidade do Porto atravessa terrenos maioritariamente agrícolas.

A ribeira de Vila Meã é um afluente da margem direita do rio Tinto, tem origem na freguesia de Campanhã.

A ribeira de Vilar abrange a freguesia de Massarelos e desagua no rio Douro, junto ao Museu do Carro Elétrico. Esta linha de água apresenta, ainda, um troço a céu aberto no vale de Vilar (paralelo à rua D. Pedro V).