As praias do Porto, entre os finais do século XIX e inícios do século XX, tiveram o seu grande período de notoriedade apesar de, à data, ficarem "distantes" do centro histórico. Na zona atlântica da cidade do Porto, muitas famílias de posses, nacionais e estrangeiras, tinham a sua casa de praia ou arrendavam-na, para aí passarem o período de verão. As famílias de menores recursos, deslocavam-se de barco, de carroça, de burro ou a pé até à Foz para os banhos.


A partir de meados do século XX, com a expansão urbanística da cidade do Porto, a par da falta de infraestruturas adequadas, assistiu-se à degradação da qualidade da água do mar e dos próprios areais, razões que motivaram os frequentadores das praias do Porto a procurarem outros destinos, usando a Foz unicamente para passeios de fim de semana, desfrutando da bela paisagem natural e do seu enriquecimento urbanístico à custa de inúmeros e sumptuosos palacetes que, entretanto, foram sendo construídos.


A entrada em funcionamento das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Freixo e Sobreiras constituiu um passo significativo para a melhoria da qualidade da água do Rio Douro e das zonas balneares da cidade do Porto.